Prisão domiciliar de Maluf será analisada em 10 dias
Justiça aguarda respostas dos médicos do IML para novas questões feitas pela defesa do deputado
O juiz Bruno Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, adiou a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar feito pelo deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) até que médicos do IML (Instituto de Medicina Legal) respondam a novas questões elaboradas pela defesa. Em despacho ontem, o juiz deu prazo de dez dias para as respostas.
“Considerando que a) a decisão definitiva acerca do pedido de prisão domiciliar depende do pleno esclarecimento dos pontos levantados pela defesa [...]; b) que nada indica que o sentenciado esteja sob risco de saúde ou submetido a tratamento degradante, mas sim, que, ao reverso, vem recebendo todos os cuidados de que necessita, inclusive no que se refere à sua locomoção; e, c) que os profissionais do IML estão em regime de plantão, o que inviabiliza a resposta imediata aos 40 quesitos formulados [pela defesa], relego a decisão acerca da prisão domiciliar para momento posterior às elucidações”, escreveu Macacari, que também determinou a instalação de barras de apoio na cela.
Maluf, que está preso na Papuda, em Brasília, desde o dia 22. Sua defesa pediu on- tem para os médicos legistas se manifestarem sobre o problema cardíaco que acomete o ex-prefeito de São Paulo e sobre questões de acessibilidade na Papuda.
Anteontem, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal recebeu um laudo assinado por dois médicos legistas que afirmam que o deputado sofre de doenças graves e permanentes, como câncer de próstata e problema na coluna, mas não depende de cuidados contínuos que não possam ser prestados na Papuda.