Emprego com carteira tem o menor nível em 5 anos
Há 33,2 milhões de brasileiros em postos formais no país; em um ano, 857 mil vagas foram fechadas
O número de empregados com carteira assinada atingiu, em novembro, o menor nível dos últimos cinco anos, mostrou a Pnad Contínua, pesquisa do IBGE. Mantendo a tendência dos últimos meses, o desemprego segue em queda devido ao aumento da geração de vagas informais, sem a proteção e os benefícios da lei trabalhista.
O total de trabalhadores com carteira atingiu 33,2 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, o menor nível da série iniciada em 2012. Desde abril de 2015, quando a formalização começou a cair, cerca de 3 milhões de postos com carteira foram perdidos. É como se toda a população do Uruguai ficasse sem trabalho formal.
Em um ano, entre o trimestre encerrado neste novembro e o igual período de 2016, 857 mil pessoas per- deram empregos com carteira. Especialistas dizem que em período de crise é comum crescer a informalidade.
Para o IBGE estão na informalidade o trabalhador sem carteira, quem atua por por conta própria (pequenos empreendedores sem empregados), e trabalhadores domésticos não formalizados pelos patrões. É esse contingente que tem empurrado para baixo as taxas de desemprego. Muitos dos que perderam empregos formais foram para esses postos informais para manter a renda.
No trimestre encerrado em novembro, 11,2 milhões trabalhavam sem carteira. Ao todo, 411 mil passaram a essa condição entre os trimestres encerrados em agosto e novembro. Em um ano, o contingente sem registro ganhou 718 mil pessoas.
Já o trabalho por conta própria ganhou 1,1 milhão de pessoas na comparação anual. Um terceiro tipo de emprego que cresceu em razão da crise foi o trabalho doméstico, que atingiu o maior nível da série iniciada em 2012.