O ano em três Dérbis
O ano que se encerra amanhã, para Corinthians e Palmeiras, foi moldado em três jogos. Mais do que ditar o rumo da temporada dos arquirrivais, os Dérbis de 2017 foram decisivos no desenho do futebol brasileiro de uma maneira geral.
Quando alvinegros e alviverdes duelaram em fevereiro, poucos botavam fé no time de Fábio Carille. Os visitantes eram favoritos no estádio de Itaquera e atuaram com um a mais em todo o segundo tempo —pela surreal expulsão de Gabriel, em falta cometida por Maycon.
Naquela noite, a entrega da equipe preta e branca fez a Fiel acreditar em Carille pela primeira vez. Naquela noite, Jô saiu do banco para definir o heroico triunfo por 1 a 0 e renascer.
Daquele momento em diante, o Corinthians cresceu rumo ao título do Campeonato Paulista. E o Palmeiras, cheio de expectativas, perdeu a confiança em si e no técnico Eduardo Baptista, que lo- go seria demitido.
Cuca chegou e não conseguiu virar a maré. Em julho, dentro de casa, ele sofreu diante de um adversário muito mais bem organizado e acabou sendo derrotado por 2 a 0.
Foi essa partida que estabeleceu definitivamente a formação do Parque São Jorge como favorita ao título brasileiro. Depois, quando parecia ter perdido a força, o time encarou mais um Dérbi como “o jogo da vida”, a pedido de 32 mil torcedores presentes em um treino.
Em novembro, o Corinthians fez 3 a 2 nos comandados de Alberto Valentim, assegurou o hepta e terminou o ano em festa, algo que não seria possível sem os triunfos no centenário do Dérbi. O Palmeiras, superado pelo rival sob comando de três treinadores, fechou um 2017 para esquecer.
Não se pode subestimar o clássico de um século. Em 2018, mais uma vez, ele pode representar a diferença entre a alegria e a frustração total.