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“Black Mirror” estreia sua quarta temporada na Netflix com episódios que discutem tecnologia e os medos humanos
Distopia. Se você não é muito ligado em tecnologia e em teorias futuristas, talvez nunca tenha ouvido essa palavra nem saiba o que ela quer dizer. De acordo com o dicionário, distopia define um “lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação; representação de uma organização social futura caracterizada por condições de vida insuportáveis”. Assustador, não? Pois a série “Black Mirror” mostra que esse terror futurista está mais atual do que nos damos conta.
O programa já está em sua quarta temporada e tem seis novos episódios disponíveis na Netflix ( www.netflix. com.br) para assinantes. Os capítulos, no entanto, não têm ligação entre si e podem ser vistos fora de ordem cronológica. Num clima ficcional e futurista, discutem temas bastante polêmicos e atuais, como o avanço da tecnologia e o quanto dependemos dela para viver, o exagero no uso das redes sociais e como isso provoca desequilíbrios comportamentais crônicos.
A obra que o britânico Charlie Brooker criou e que estreou em 2011 revela ainda uma lista de medos contemporâneos. O medo da morte, a perda da identidade, a alienação, a vigilância, o linchamento e humilhação pública.
A nova temporada se concentra fortemente nas relações humanas e joga luz no pesadelo de se sentir vigiado. E vai além, retratando um pavor constante da humanidade, que atravessa episódios de todas as temporadas: tornar-se refém de uma inteligência programada.