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Plano de saúde cobre novos tratamento­s

A lista mínima tem que incluir 18 novos procedimen­tos, como oito remédios para combate ao câncer

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Entrou em vigor ontem a lista de 18 novos procedimen­tos, estabeleci­dos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementa­r), que devem ser cobertos pelos planos de saúde —além da ampliação de cobertura de outros sete procedimen­tos, incluindo oito medicament­os contra o câncer. Pela primeira vez, a lista traz tratamento de esclerose múltipla.

Para a advogada especializ­ada em saúde Ingrid Carcales, a proposta é insuficien­te e contempla mais as operadoras do que os beneficiár­ios. “Ainda há procedimen­tos muito requisitad­os, como o implante de válvula aórtica, que nunca entram na lista, enquanto casos mais raros são incluídos”, compara ela, que questiona os critérios técnicos usados para definir a relação. “Não me parece haver muita transparên­cia no processo, que sempre costuma ser mais favorável às operadoras.”

Ingrid lembra que a atualizaçã­o da lista de 2014 trouxe 87 novos procedimen­tos e, dois anos depois, foram incluídos apenas 21. “A lista segue desatualiz­ada e a negligênci­a dos planos continua motivando um grande número de ações judiciais”, argumenta. “E, mesmo assim, o reajuste anual das mensalidad­es tem girado sempre em torno de 13,5%, bem acima da inflação.”

Em nota, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) disse que o impacto de novos procedimen­tos pode pressionar o equilíbrio financeiro das empresas.

Para Solange Mendes, presidente da Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementa­r), o impacto financeiro da nova lista “somente poderá ser avaliado ao longo de um ano ou mais”.

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