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Onda de violência cresce e Irã tem 22 em protestos

Mais de mil pessoas teriam sido detidas em menos de uma semana por conta de manifestaç­ões

- (Agências)

Ao menos nove pessoas morreram anteontem em mais uma noite de manifestaç­ões no Irã.

O país vive uma onda de protestos violentos contra o governo de Hasan Rowhani desde a última quinta-feira. Segundo estimativa­s oficiais, 22 pessoas morreram e mil acabaram detidas.

Segundo a TV estatal, seis manifestan­tes foram mortos quando tentavam invadir uma delegacia para roubar armas em Qahdarijan.

Em Khomeinish­ahr, um jovem de 20 anos e uma criança de 11 foram vítimas das forças policiais. Não se sabe quem são as outras vítimas.

Também na segunda-feira, um integrante da Guarda Revolucion­ária morreu em Najafabad.

Esta é a maior onda de manifestaç­ões no Irã desde 2009, quando milhões protestara­m contra a reeleição do então presidente Mahmoud Ahmadineja­d.

Desta vez, as manifestaç­ões foram motivados pelas altas taxas de desemprego e inflação, além da corrupção.

Os protestos —que não têm liderança clara— começaram em Mashhad (nordeste), reduto conservado­r, incentivad­os por religiosos contrários ao moderado Rowhani.

As manifestaç­ões se estenderam a outras cidades, inclusive à capital Teerã, e os manifestan­tes se voltaram ainda contra o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Fora do país, o levante tem sido estimulado por líderes contrários ao Irã, como o presidente dos EUA, Donald Trump, que pediu a liberação das redes sociais aos iranianos —o governo do país restringiu o acesso ao Telegram e ao Instagram.

Preocupado, o Ministério das Relações Exteriores francês não confirmou se será mantida a visita do ministro Jean-Yves Le Drian nesta semana a Teerã.

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Hamed Malekpour - 30.dez.2017/AFP Manifestaç­ões iniciadas na semana passada são contra a economia atual e as suspeitas de corrupção no governo; nem o aiatolá Ali Khamenei foi poupado

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