A paquera de Temer e Alckmin
Até outro dia, o pessoal do governo dizia que de qualquer maneira teria um candidato próprio na eleição deste ano para presidente.
Poderia ser o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que encasquetou com essa ideia, ou o próprio presidente Michel Temer (MDB).
Outro da cozinha do poder que está jogando seu nome na praça é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Mas, com a hora da campanha se aproximando, a turma vai caindo na real e procurando quem tem chance de verdade de ga- nhar.
É o que Temer parece estar fazendo. Numa entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, disse que prefere Meirelles cuidando da economia e que Maia deve tratar de continuar no comando da Câmara em 2019.
De quebra, fez elogios ao provável candidato do PSDB, o governador Geraldo Alckmin.
Não é à toa: nos partidos que formaram o governo, o tucano paulista é o nome mais forte (ou menos fraco) até agora.
Alckmin busca, claro, o apoio do MDB, um partido grande que vai ter muito tempo de TV na campanha. Mas ele não deseja muita aproximação com o presidente, que a enorme maioria dos eleitores não quer ver nem pintado.
Para o governador, seria melhor se os governistas embarcassem na sua candidatura de graça, por falta de opção. Só que ele não está com essa bola toda: não marca nem 10% nas pesquisas quando o nome do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está na parada.
Essa paquera entre Temer e Alckmin pode até dar em casamento, mas vai precisar muita conversa até lá.