Estado já tem 21 mortes por febre amarela desde 2017
Secretaria confirma 5 mortes na Grande SP, todas em Mairiporã. Vítima na capital está fora da lista oficial
A febre amarela já provocou a morte de 21 pessoas no Estado desde o ano passado, segundo o balanço mais recente da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado ontem. Entre esses casos, cinco tiveram como origem a Grande São Paulo, todos na cidade de Mairiporã.
Segundo a secretaria estadual, sob a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), Mairiporã contabilizou oito casos confirmados de pessoas que contraíram a febre amarela nos limites do município.
Também ontem, a Secretaria Municipal da Saúde de Mairiporã disse, em nota, que há 42 casos suspeitos de contaminação na cidade, à espera da confirmação. Durante a semana, a cidade pediu ajuda ao governo estadual para combater a doença no município, com grande parte da área na serra da Cantareira.
A secretaria diz que, desde julho de 2016, foram encontrados 2.491 macacos mortos no Estado, sendo que 617 animais estavam infectados pelo vírus da febre amarela. O macaco infectado serve de alerta para as autoridades de que o vírus da doença está circulando na região. O animal não transmite a doença.
Capital
A morte do comerciante Adilson Tadeu Esteves Cipriano, 48 anos, ocorrida na última terça-feira, ainda não aparece entre as confirmadas ontem pela secretaria estadual, embora a família da vítima tenha afirmado que ele apresentou os primeiros sintomas após passar o fim de ano na casa da irmã, na serra da Cantareira, na zona norte.
O Hospital Leforte, onde Cipriano morreu, atestou que ele teve o diagnóstico confirmado de febre amarela.
A secretaria estadual leva em consideração na estatística apenas o local onde a vítima foi contaminada pelo vírus. Por esse motivo, Guarulhos também está fora da lista oficial de mortes da secretaria, embora o comerciante Roberto Francisco, 69 anos, seja morador da cidade e tenha morrido em decorrência da doença no dia 25 de dezembro. Ele foi infectado em uma chácara na divisa entre Mairiporã e Nazaré Paulista (63 km de SP), e ficou em tratamento em hospital na capital.
A autoridades da saúde afirmam que não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. Relatório de 2017 até ontem