Suzanne pode cumprir pena liberdade, aponta laudo
Análise foi feita por médicos, a pedido do Ministério Público, para avaliar condição psicológica da presa
Um laudo criminológico feito a pedido do Ministério Público apontou que a detenta Suzanne von Richthofen pode terminar de cumprir sua pena em liberdade. Ela foi condenada a 39 anos de prisão em regime fechado pela morte de seus pais. O crime ocorreu em 2002.
O laudo foi feito por médicos indicados pela Justiça para avaliar se Suzanne tem condições psicológicas para cumprir a pena em liberdade. O resultado foi entregue nesta semana para o Ministério Público, que vai dar seu parecer sobre o resultado e encaminhar à Justiça.
A partir do parecer, que pode ser favorável ou não com o laudo, a juíza do caso decidirá se vai deixar a detenta no regime aberto.
Caso o benefício seja permitido, Suzanne vai deixar a prisão, mas terá que cumprir algumas restrições —por exemplo, terá horário para estar em casa e não poderá, sem permissão da Justiça, deixar a cidade onde declarar que vai residir.
Suzanne já cumpriu 15 anos de prisão e passou para o regime semiaberto em outubro de 2015. A detenta trabalha em uma oficina de costura na Penitenciária do Tremembé (147 km de SP).
Ela teve direito à nona saída temporária no Natal do ano passado e retornou no dia 3 deste mês. Geralmente o namorado dela, Rogério Olberg, vai buscá-la.
A defesa dela disse que não pode comentar sobre seu processo por estar em segredo de Justiça.
O Ministério Público afirmou que o promotor de Justiça Paulo José de Palma, da Vara das Execuções Criminais de Taubaté, fará sua manifestação dentro do prazo legal, que é de cinco dias.
Crime
Suzanne, seu ex-namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Christian, foram condenados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, ocorridos em 2002. Cristian Cravinhos deixou a prisão e foi para o regime aberto em 2017. Daniel está no semiaberto.