Agora

Dinheiro vivo na mira

-

Quem não se lembra daquela foto de malas e caixas com R$ 51 milhões em dinheiro vivo, que para a Polícia Federal eram do exministro Geddel Vieira Lima?

Mesmo que não houvesse investigaç­ão nenhuma, estava na cara que aquele monte de grana era sinal de bandalheir­a.

Afinal de contas, quem usa maços de notas em geral ou está se escondendo da polícia ou da Receita Federal.

Não é à toa que as autoridade­s monitoram qualquer saque acima de R$ 50 mil nos bancos.

É por isso que no mundo todo se discute reduzir ou mesmo eliminar os negócios em dinheiro vivo. O Banco Central já estuda como fazer isso no Brasil.

O caminho, claro, é usar mais cartões e até o celular, como muita gente faz hoje. Até para coisas simples, como andar de ônibus, o que vai tornando desnecessá­rio o trabalho dos cobradores.

É muito mais prático para quem usa: acaba a dor de cabeça com o troco e o medo de perder a grana por aí.

E também é melhor para combater a cor- rupção, a sonegação de impostos e outros malfeitos, porque todas as transações ficam registrada­s.

Mas para avançar é preciso que baixem os custos. As operadoras dos cartões ainda cobram taxas muito altas, o que afasta a população de baixa renda e uma boa parte das lojas pequenas e outros estabeleci­mentos.

O Brasil já tem uma tecnologia bem desenvolvi­da nessa área, porque os bancos precisavam se virar nos tempos da inflação descontrol­ada. Se continuar progredind­o, a vida da bandidagem vai ficar mais difícil.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil