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Atividades que fazem sorrir ajudam pacientes com câncer

Para reduzir males do tratamento, hospitais oferecem de cursos de dança a práticas esportivas

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Os já famosos palhaços que fazem pacientes com câncer sorrir ganharam novos aliados. Hospitais têm apostado cada vez mais em formas variadas de reduzir os impactos do tratamento e melhorar a qualidade de vida e a autoestima dos doentes. Entre os exemplos estão aulas de dança do ventre, prática de remo, visita de animais e jogos, como o videogame.

“A humanizaçã­o do tratamento melhora as condições do paciente e ajuda tanto ele como seus familiares e amigos próximos a enfrentar a doença”, diz a oncohemato­logista e oncologist­a clínica do Hospital Sírio Libanês Andréa Shimada.

Essa alegria pode estar em uma atividade que a pessoa nunca teve a oportunida­de de fazer. É o caso de Luciana Lopes, 50 anos, e a dança do ventre. Em tratamento de um câncer de mama com metástase há oito anos, Luciana aprendeu a dança no hospital Pérola Byington.

“Gosto de dança desde menina, mas só pude começar a me dedicar aqui no hospital”, diz. “É uma terapia que me faz esquecer os problemas.” Ela passou a participar de outro grupo da dança em um posto de saúde perto de casa. “Às vezes me pego dançando sozinha.”

A energia para seguir em frente também tem ajudado a família de Rihana de Jesus Oliveira Santos, 7 anos, que brincava, na última quintafeir­a, com uma fantasia na brinquedot­eca do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescent­e e Criança com Câncer), enquanto aguardava por mais uma consulta para o seu tratamento de linfoma. “A gente reage melhor ao sentir que ela está bem”, diz a mãe, Rita de Cássia de Jesus Oliveira, 28 anos.

Coordenado­r do Núcleo de Bem-Estar do hospital BP Mirante, Liaw Chao diz que uma atividade ou um terapia alternativ­a são “mais uma ferramenta para ajudar no restabelec­imento da saúde”. Segundo o especialis­ta, os resultados positivos disso podem ir além da cura.

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Ronny Santos/Folhapress Rihana de Jesus Oliveira Santos, 7 anos, usa fantasia na brinquedot­eca do Graacc, na capital; atividades de lazer, artísticas e esportivas incentivam pacientes com câncer a passar pelo tratamento, dizem especialis­tas

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