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Cega e amputado prometem brilhar em ala especial da Rosas de Ouro

- (TC)

A Sociedade Rosas de Ouro vai entrar na passarela com 140 integrante­s com deficiênci­as física, auditiva, visual e neurológic­a.

A professora e psicóloga Regina Célia Ribeiro da Silva, 50 anos, é uma das mais assíduas aos ensaios. Ela ficou cega aos cinco anos por conta de catarata congênita. Mesmo cansada após trabalhar a semana inteira, acorda cedo aos domingos, junto com o marido, para estar às 9h na quadra da escola, na Barra Funda (zona oeste).

“Vou entrar na passarela em pé e sem bengala, de mãos dadas com um integrante voluntário, para me auxiliar enquanto a escola anda.” Regina diz se sentir integrante como qualquer outro e que a deficiênci­a é a última coisa que importa.

“Hoje posso dizer que sou sambista, Rosas de Ouro e deficiente por último. Me reconheço como pessoa, não como deficiente”, afirma.

O professor de cabeleirei­ros Daniel Massafera, 28, também desfilará. Ele sofreu um acidente de moto em 2013, o que o levou a perder o braço e a perna direitos. Hoje ele usa próteses e estará, no sambódromo, sentado numa cadeira de rodas, porque em pé não consegue seguir o ritmo da escola. “A adaptação à nova vida foi mais fácil por conta da maravilhos­a recepção que tive na Rosas de Ouro”, diz ele, que também ficou cego de um olho após acidente doméstico.

 ?? Ronny Santos/Folhapress ?? O professor de cabeleirei­ros Daniel Massafera, 28 anos, e a psicóloga Regina Célia Ribeiro da Silva, 50 anos; eles vão desfilar em ala especial da Rosas de Ouro
Ronny Santos/Folhapress O professor de cabeleirei­ros Daniel Massafera, 28 anos, e a psicóloga Regina Célia Ribeiro da Silva, 50 anos; eles vão desfilar em ala especial da Rosas de Ouro

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