Virar empreendedor é opção para sair da informalidade
Sem esperanças de emprego formal, cada vez mais pessoas têm optado por trabalhar por conta própria
Seja por vocação ou por necessidade, é cada vez maior o número de trabalhadores informais que decidem legalizar sua condição como MEIs (Microempreendedores Individuais). Para ter mais chances de obter êxito, porém, é preciso se preparar.
“É importante se planejar e traçar um plano que verifique a viabilidade do empreendimento e os gastos, além de fazer uma projeção dos possíveis ganhos, entre outros aspectos”, explica Enio Pinto, especialista em empreendedorismo do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
O Sebrae oferece consultoria, cursos e oficinas gratuitos para quem quer aprender a se planejar e a gerir um negócio. “Para ter vida longa como MEI, recomendo procurar o Sebrae antes e se preparar”, orienta Pinto.
Neste ano, o limite de faturamento para ser MEI aumentou de R$ 60 mil para R$ 81 mil por ano. Empreendedores que faziam parte do Simples Nacional podem optar pelo MEI, que tem tributos menores. Quem tinha MEI em 2017 e extrapolou o teto antigo em até 20% (R$ 72 mil) vai conseguir se manter na categoria, mediante o pagamento de multa.
Muitos, entretanto, sonham em virar MEI, mas não conseguem. “Até poucos meses atrás eu era motoboy autônomo e pensava em me cadastrar como MEI, mas sofri um acidente e tive um gasto inesperado com o conserto da moto”, conta Emerson Ribeiro, 34 anos. “Desisti de ser MEI por causa disso, mas também porque colegas me alertaram que não é mais tão vantajoso. Também desanima ao ver a gasolina aumentar várias vezes por semana.”
Ribeiro já se acostumou a “dar um jeito” quando fica sem trabalho. “Não posso ficar parado, tenho cinco filhos”. Ele deixou a moto e virou ambulante: nos dias de sol vende bebidas e, quando chove, capas plásticas.