Agora

‘É preciso ter mais de um líder’, afirma Cerezo

- (AF)

Com a experiênci­a de ter defendido o Tricolor no time vencedor de 1992 e 1993 —depois retornou ao clube em 1995— , o ex-volante de 62 anos acredita que vários jogadores devam exercer a liderança em uma equipe, assumindo até o papel do treinador em algumas ocasiões, como funciona no futebol europeu. Toninho Cerezo atuou nas italianas Roma e Sampdoria antes de chegar ao São Paulo.

“Os problemas disciplina­res, por exemplo, quem resolvia era o grupo de jogadores, não era nem o treinador. A Sampdoria [onde atuou de 1986 a 1992] tinha um grupo muito jovem. Todos resolviam o que seria feito em relação a quem chegava atrasado em treino ou na con- centração. Por isso, defendo que haja mais de um líder, deixa o ambiente mais leve. Até porque o treinador hoje em dia, com essa loucura de jogos difíceis, tem coisas mais importante­s para se preocupar”, disse ao Agora.

“Logicament­e, existiam alguns jogadores com maior peso como atleta, mas isso é comum lá fora”, comentou.

Petros, por exemplo, passou pela mesma experiênci­a quando estava no Betis, da Espanha. Os próprios jogadores escolhem o capitão.

Questionad­o sobre quem deveria receber a faixa no Tricolor, Cerezo preferiu não opinar, mas descreveu o que ele precisa: “Você tem de ponderar alguns jogadores que têm mais idade, tempo de clube e que conhecem melhor o ambiente”, afirmou. “Mas o capitão também não pode esquecer de jogar bem. Hoje em dia isso está mais leve, porque eles têm uma consciênci­a de responsabi­lidade grande”.

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Luiz Carlos Murauskas - 6.set.95/Folhapress Cerezo defende que os atletas tomem decisões

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