Cuidado com as lorotas na internet
Tudo indica que as eleições deste ano vão ser das mais duras na história do Brasil. Há muita bronca e radicalismo para todo lado.
Disputas assim muitas vezes descambam para a deslealdade, como quando se inventam boatos para desmoralizar os adversários.
Isso virou uma febre nos tempos de hoje, com a possibilidade de espalhar lorotas em questão de segundos pela internet. É a praga das notícias falsas, que já preocupa o mundo todo.
Nos Estados Unidos, a eleição vencida por Donald Trump foi um marco. Lá, inventaram até que ele tinha o apoio do papa Francisco.
Aqui o problema também é sério e difícil de combater. Foi criado um grupo de trabalho para atuar na campanha de 2018, com gente da Polícia Federal, da ProcuradoriaGeral da República e do Tribunal Superior Eleitoral.
É fácil inventar uma mentira. Alguém pegou, por exemplo, o vídeo de um protesto qualquer de moradores na zona rural da Bahia e distribuiu na internet dizendo que era o MST em ação.
No Paraná, espalharam que um carrega- mento de maconha apreendido pela polícia era de um deputado estadual tucano.
Existem programas que ajudam a transmitir essas informações fajutas a milhares de pessoas. Os inimigos políticos das vítimas também aproveitam a oportunidade. E muita gente acaba comprando gato por lebre.
Dá para imaginar o estrago que isso pode fazer numa eleição com tantos candidatos envolvidos.
Por isso, todo cuidado é pouco: antes de passar para frente uma notícia, é bom verificar de onde ela veio e como foi apurada.