Guarujá muda regra e deixa quiosques abandonados
Após demolir antigas estruturas, prefeitura fez sorteio para novos pontos de venda, confundindo turistas
Guarujá Após demolir os quiosques mais antigos, a Prefeitura do Guarujá (86 km de SP) fez sorteio para novos pontos de venda de comida. Foram demolidos 93 pontos que funcionavam na areia para atender a um acordo estabelecido entre a prefeitura e a União, que exigiu maior disciplina para a ocupação do terreno sobre o qual tem domínio, onde os comércios funcionavam, na areia.
No fim da praia da Enseada, ainda restam 11 antigos quiosques que foram lacrados, mas ainda não foram demolidos. A estrutura tem sido usada por moradores de rua e usuários de drogas, de acordo com frequentadores.
O clima de adaptação ainda é evidente, durante o atual período de alta temporada, quando os comercian- tes aproveitam para lucrar com o maior movimento. Na última quarta-feira, alguns quiosques ainda terminavam os últimos reparos, como a construção de rampas do calçadão até a praia.
O acordo permitiu a construção de 54 quiosques no calçadão, em vez de na areia. As permissões para ocupar as novas estruturas foram distribuídas pela prefeitura aos antigos donos de comércio na faixa de areia sob critérios que levaram em conta dívidas de impostos, tempo de licença de funcionamento, não possuir cargo público, entre outros pontos. As novas estruturas foram construídas sob padronização imposta pela administração.
Os pontos também foram distribuídos de forma aleatória. “Isso deixou o turista desorientado. Ele chega e não encontra mais o quiosque que estava acostumado, que serve também de ponto de encontro e referência para as crianças não se perderem dos pais”, diz o ambulante Enoque Lima, 59, que perdeu o quiosque que tocava com a família havia 20 anos.