Percepção de aumento dos preços varia conforme hábitos
“Eu não acredito que a inflação esteja caindo como dizem”, afirma o taxista. A opinião é comum de se ouvir, mesmo com o índice de inflação baixo. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2017 ficou em 2,95%, abaixo da meta de inflação do Banco Central.
Uns ainda acrescentam: “no tempo dos meus pais, a vida era mais barata”. Alguns, de fato, não estão ganhando menos, mas sentem que o seu poder de compra diminuiu. É preciso ver que cada pessoa tem despesas diferentes: um solteiro tem gastos diversos de uma família.
É muito comum os gastos subirem acima dos rendimentos. Hoje temos despesas como celulares, TV a cabo, planos de saúde, que muitos pais não tinham.
Despesas com educação dos filhos e planos de saúde subiram muito mais do que a maior parte dos alimentos. São preços que pesam muito no orçamento de uma família, o que leva esse grupo a ter uma percepção da inflação maior que a do IPCA.
Os custos dos alimentos, em grande parte, ajudaram muito os orçamentos no ano passado. Mas, nos últimos cinco anos, esses gastos têm aumentado mais que a média dos salários.
É preciso poupar
A discussão sobre inflação é longa, mas o que nos interessa aqui, em relação ao nosso bolso, é pensar que, para preservar o nosso poder de compra, é preciso um esforço contínuo para poupar uma porcentagem do que se ganha.
O ideal é se acostumar a guardar ao menos 10% do que recebe todo mês. E, se o salário aumentar, acompanhar esse movimento na hora de poupar. Com isso, você vai constituir um patrimônio proporcional ao padrão de vida que você tem hoje, pelo menos.