Agora

Roger busca afirmação

- (AA)

O novo comandante do Verdão, Roger Machado, terá que driblar a desconfian­ça por parte da torcida neste início de trabalho no Verdão. Estudioso, ele passa por situação semelhante à vivida em 2017 por Eduardo Baptista, que chegou ao clube como um nome promissor após bons trabalhos no Sport e na Ponte Preta.

A desconfian­ça por não ter ido bem no Fluminense e a relação ruim do pai com o Palmeiras já o atrapalhav­am, mas sua maior dificuldad­e foi a sombra do retorno de Cuca, campeão brasileiro em 2016, algo que o novo comandante não vai ter.

Roger teve um trabalho consistent­e no Grêmio e depois não repetiu o mesmo padrão no Atlético-MG.

“Os insucessos não estão ligados à pouca ou muita experiênci­a, por ser estudioso ou não. Entendo a preocupaçã­o do torcedor. Ele deseja que seu time vença. Isso não me preocupa. Quero convencê-los a ficar do nosso lado”, afirmou Roger.

O Verdão inicia o Paulistão deste ano como um dos principais candidatos ao título. Com as contrataçõ­es mais badaladas deste início de ano e com os principais jogadores de 2017 mantidos, o novo treinador alviverde, Roger Machado, busca encerrar jejum que já persiste na Academia de Futebol desde 2008, ano da última taça estadual dos palmeirens­es.

O elenco ainda recheado de jogadores de qualidade como, por exemplo, o capitão Dudu e o atacante Willian, artilheiro do ano passado, com 17 gols, aliado às decepções em 2017, fazem com que o Palmeiras entre no Estadual com uma cobrança maior diante de sua torcida na luta pela taça.

Entre os principais nomes do elenco, só o zagueiro colombiano Yerry Mina saiu do clube para o Barcelona.

Não bastasse isso, o Verdão ainda procurou se reforçar pontualmen­te em alguns setores considerad­os frágeis no último ano. Caso das laterais, por exemplo. Vieram Marcos Rocha, do Galo, e Diogo Barbosa, da Raposa.

Nomes de peso, como o goleiro campeão olímpico na Rio-16, Weverton, e o meia Lucas Lima, ex-Santos, chegaram para deixar o esquadrão palmeirens­e mais forte.

Dentro do clube, contudo, a ideia é afastar qualquer tipo de pressão externa.

Recentemen­te, o diretor de futebol, Alexandre Mattos, declarou que o clube não pode absorver o favoritism­o dado à equipe de Perdizes.

“Falei para os atletas que não podemos cair nas armadilhas do futebol. Quem começou a pressão de que o Palmeiras era a primeira força e o Corinthian­s era a quarta [em 2017] não foi a gente, não foi o Santos, não foi o São Paulo. Foi externo. Porque todos avaliavam que o Palmeiras tinha feito o certo”, afirmou o diretor de futebol, Alexandre Mattos.

“E agora já vi que estão novamente colocando o Palmeiras como favorito de tudo. Não é verdade e já vou mandar um recado direto à nossa torcida: não vamos cair nessa de novo”, seguiu.

Embora Mattos tente tirar o fardo do favoritism­o das costas do elenco, Roger Machado admite que a pressão pela taça vai acabar existindo e avisa: “O Palmeiras sempre vai brigar por títulos. O desafio é enorme, mas estou plenamente preparado”, finalizou o novo comandante.

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Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação Roger Machado precisa mostrar serviço para não acabar sendo pressionad­o ao longo da temporada

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