Príncipe atrapalhado
O ator Johnny Massaro tem roubado a cena na pele do mulherengo e divertido Rodolfo, na trama das sete da Globo, “Deus Salve o Rei”. O príncipe adora ficar na vida mansa e não quer saber de responsabilidade nenhuma, nem mesmo a principal de todas elas: tornar-se rei de Montemor.
“Fico feliz por ver que muita gente está gostando do personagem. Acho que, em certo sentido, esse papel é o mais ambicioso da minha carreira, até pelo próprio projeto. Mas não diria que é o mais importante. Quero que minha carreira seja muito longa”, define o ator Johnny Massaro.
Segundo o artista de 25 anos, o personagem, mesmo não querendo ser rei em princípio, acabará na função que tanto abomina. “Ele, na primeira fase, é um ‘bon-vivant’ que conhece o melhor da vida. Por isso não quer ser rei. No entanto, mais para a frente, vai assumir o cargo e gostar. Acabará virando um grande tirano. Só que meio trapalhão.”
O ator diz que, para viver Rodolfo, deu tudo de si. “O Rodolfo sou eu em determinados ritmos e temperaturas.”
Na história, ele tem um irmão mais velho, Afonso (Rômulo Estrela), que, pela hierarquia, seria o primeiro a assumir o trono. Porém, em ca- pítulos que foram ao ar na semana passada, Afonso foi dado como morto, o que fez com que, mesmo que interinamente, Rodolfo assumisse o poder.
Mas isso não acontecerá ainda de forma definitiva, pois, no capítulo de hoje, Rodolfo encontrará o irmão vivo no reino rival, Artena. Afonso está apaixonado por Amália (Marina Ruy Barbosa), o que o levará a renegar o posto de rei. Aí, sim, a vaga cairá de vez no colo do mulherengo e atrapalhado príncipe Rodolfo, que a cada dia ficará mais ambicioso.
“Gosto de trabalhar com contradições. O cargo de rei combina com Rodolfo, que é um cara egocêntrico. E esse jeito dele atrapalhado, sem preparo nenhum para a função, acabará rendendo cenas hilárias. Rodolfo terá poder e nenhuma consciência. Então, tomará atitudes vagas e criará leis absurdas”, conta Massaro.
Uma dessas leis será para punir adultérios, mas o primeiro flagrado acabará sendo o próprio príncipe mulherengo (veja mais ao lado). “A história medieval tem muito a ver com o Brasil de hoje, com esses políticos que criam leis absurdas”, analisa o ator.