Agora

Racha assassino

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Um aposentado de 79 anos de idade atravessav­a a rua Heitor Penteado, na zona oeste da cidade, quando foi atropelado por um automóvel em alta velocidade —e perdeu a vida.

A tragédia aconteceu na noite do último domingo. E foi provocada pela irresponsa­bilidade de pessoas que usam veículos como se fossem armas letais.

O incidente aconteceu durante um racha entre dois carros, que cruzavam vias importante­s como se estivessem num autódromo.

De acordo com testemunha­s, era um Fiat 500 branco apostando corrida com um Gol azul. E o primeiro foi quem matou o idoso.

Cidade que fez do automóvel seu principal meio de transporte e o transformo­u num desejo de consumo, São Paulo tem tentado domesticar seu trânsito nos últimos anos.

Seguidas administra­ções se dedicaram a impor respeito a regras básicas, como a prioridade dos pedestres nas faixas, e a reduzir a velocidade máxima permitida.

Além disso, criaram-se as faixas exclusivas para ônibus e aquelas destinadas aos ciclistas.

Goste-se ou não de tais medidas, o fato é que elas estão em harmonia com o que se faz nas principais metrópoles do mundo para tornar o trânsito mais civilizado e o transporte público mais fluente.

Infelizmen­te, falta a algumas pessoas um mínimo de noção. Ainda há (e como há!) gente que parece não se incomodar em colocar a vida dos outros em perigo.

É preciso identifica­r e punir os culpados. Deste e de qualquer outro caso semelhante. Rachas e imprudênci­as precisam ser banidos das ruas de São Paulo. Chega de tanta irresponsa­bilidade.

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