Agora

Posto de saúde na zona oeste não faz raio-X há dois meses

Pacientes de unidade do Rio Pequeno são encaminhad­os para pronto-socorro a 8 km de distância

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A UBS (Unidade Básica de Saúde) e AMA (Assistênci­a Médica Ambulatori­al) Paulo 6º, no Rio Pequeno (zona oeste), está há dois meses sem fazer exames de raios X. A informação foi dada por pacientes e confirmada por funcionári­os da unidade, de responsabi­lidade da gestão João Doria (PSDB).

Pessoas que precisam do exame são informadas logo na portaria, por um segurança, de que devem procurar o pronto-socorro do Hospital Dr. Caetano Virgílio Neto, conhecido como Hospital Bandeirant­es. A unidade, também municipal, fica a cerca de 8 km do posto de saúde.

A promotora de eventos Cristina da Silva, 24 anos, esteve na semana passada no posto, que fica a 2 km de sua casa, em busca de atendi- mento para a filha Valentina, 1 ano e 3 meses. “Resolvi procurar o atendiment­o médico porque ela estava com um chiado no peito”, afirma a promotora de eventos.

Como a menina precisava fazer raio-X, a mãe foi orien- tada, depois da consulta, de que deveria procurar o Hospital Municipal Jardim Sarah Professor Mário Degni, a 5,5 km da AMA. “Ainda bem que eu fui, pois foi constatado que a minha filha estava com uma pneumonia”, diz.

Cristina pegou um ônibus com a filha doente e a outra, Lorena, 4 anos. “Fui com as duas porque não tinha com quem deixar a mais velha”, diz. O trajeto de ônibus entre as duas unidades demora, em média 40 minutos, diz a promotora de eventos.

Outras falhas

Outra paciente da unidade, que preferiu não se identifica­r, afirma que o aparelho de raios X já apresentou outros problemas ao longo do ano passado.

“Eu tive um acidente de trabalho em janeiro do ano passado e não consegui o atendiment­o aqui porque a máquina não estava funcionand­o”, afirmou a paciente.

Moradores afirmam estar preocupado­s com o atendiment­o médico também por causa do fechamento, no final do ano passado, do pronto-socorro do Hospital Universitá­rio da USP, que prestava atendiment­o à população daquela região.

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Jardiel Carvalho/Folhapress A promotora de eventos Cristina da Silva, 24 anos, mostra raio-X da filha Valentina, 1 ano e 3 meses; posto de saúde não fez exame e encaminhou menina a hospital
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