Cadê o camisa 9?
Após atuação ruim de Kazim contra a Ponte, torcida cobra o Timão para trazer um novo artilheiro para o time
Foi apenas o primeiro jogo oficial do Corinthians neste ano, mas a derrota para a Ponte Preta, anteontem, no Pacaembu, deixou evidente aquilo que a torcida já temia desde a saída de Jô: o Timão precisa de um novo artilheiro com urgência. Kazim, o titular contra a Macaca, não se mostra capaz de substituir o goleador à altura. Mas o clube pede paciência à Fiel.
Com poucas opções disponíveis no mercado, além da falta de grana para grandes investimentos, o alvinegro enfrenta dificuldade para trazer um centroavante.
Henrique Dourado, 28 anos, do Fluminense, artilheiro do último Brasileirão ao lado justamente de Jô, com 18 gols, foi quem esteve mais perto do Parque São Jorge, mas os valores pedidos por ele e pelo Tricolor carioca assustaram o Timão.
Enquanto a equipe das Laranjeiras exigiu o valor da multa rescisória de Henrique, cerca de R$ 18 milhões, o jogador queria um salário de R$ 500 mil, valor que apenas ídolos como Cássio recebem no Parque São Jorge.
Oficialmente, a diretoria corintiana afirma que já desistiu de contratar o Ceifador, mas nos bastidores ainda alimenta a possibilidade de trazer o reforço desde que tanto o clube quanto o atleta reduzam as exigências.
Enquanto isso, Fábio Carille já passou outros nomes para os dirigentes. O técnico prefere manter os indicados em sigilo e mantém o discurso de que não espera a “cereja do bolo” para o seu elenco.
Eleições
O treinador, por sinal, nem acredita que poderá contar com um novo artilheiro em breve. Carille já trabalha com a possibilidade de receber um novo camisa 9 somente após a eleição que vai definir o novo presidente do clube, no dia 3 de fevereiro. Até lá, só uma negociação pontual poderia ocorrer.
“Deixei claro que não chegaria cereja do bolo e não vai chegar até a eleição de 3 de fevereiro”, disse o técnico.
Até esta data, o Timão terá mais três jogos no Paulistão, sendo um deles o clássico com o São Paulo, no dia 27 de janeiro, no Pacaembu.
Carille vai precisar achar alternativas do elenco para controlar a impaciência do torcedor. Uma delas é usar Lucca de centroavante. Nessa função, o técnico ainda não o testou. Vale tentar.