Agora

Suspense desafia o espectador

- (LV)

Estreia hoje o espetáculo “O Rio”, que ficará em cartaz até o fim de fevereiro no Sesc Consolação. Escrita pelo dramaturgo inglês Jez Butterwort­h, tem a direção de Nelson Baskervill­e, que também interpreta o papel principal no suspense. Batizado apenas de Homem, o personagem leva a namorada, Mulher (Virginia Cavendish), para praticar um esporte de que gosta muito: a pescaria.

No entanto, essa não é uma diversão qualquer. Ele quer pegar um peixe que só pode ser pescado em uma noite específica.

Na peça, que tem toques de fábula, Homem joga toda a sua emoção na caça a esse peixe. Enquanto isso, Mulher mostra, o tempo todo, que ainda acredita no amor.

“Não é um espetáculo que entrega tudo mastigado ao público. ‘O Rio’ exige da plateia uma grande e profunda reflexão. A tendência é que cada espectador saia do teatro com uma conclusão diferente”, conta Virginia, que trouxe a peça para o Brasil e foi a responsáve­l pela direção de produção. “O Rio” Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 18h. No Sesc Consolação (rua Doutor Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. (11) 3234-3000). R$ 40. 280 lugares. 14 anos. Até 25/2.

Em “A Mulher de Bath”, Maitê Proença vive uma mulher que discute sobre sexualidad­e e liberdade. A peça estará em cartaz a partir de quinta, no Sesc Bom Retiro (al. Nothmann, 185, Campos Elíseos, tel. (11) 3332-3600, R$ 40).

Começa nesta noite, no Teatro J. Safra, a temporada da peça “Além do que os Nossos Olhos Registram”. Escrita por Fernando Duarte e dirigida por Fernando Philbert, conta como pessoas de três gerações de uma mesma família lidam com um único assunto. Tudo começa quando Sofia (Priscila Fantin) assume a sua homossexua­lidade. Ela, que já vivia uma relação conflituos­a com os pais, sobretudo com a mãe, Violeta (Letícia Birkheuer), a partir dessa revelação passa a ser ainda mais cobrada.

“Até o momento do conflito, ela é a filha perfeita que os pais sonham em ver casada com um jovem rico amigo da família. Ela não tem irmãos e, por conta disso, existe uma exigência muito grande sobre ela. A Sofia sofre ainda mais por saber que, dentro daquele núcleo familiar, não existe espaço para uma filha gay”, diz Priscila.

Sofia só encontra aconchego na avó, Delfina (Luiza Tomé). Ela entende a neta, pois também sofreu preconceit­o na juventude ao se casar com um homem negro.

“É um espetáculo que faz rir, se emocionar e leva a pensar. O público sairá do teatro com boas reflexões, principalm­ente sobre o tema tolerância”, diz Priscila. Ela ainda completa: “Essa peça fala sobre o respeito que cada um deve ter com o outro. O certo para você não é o mesmo que para mim”. “Além do que os Nossos Olhos Registram” Sextas, às 21h30; sábados, às 21h; domingos, às 20h. No Teatro J. Safra (rua Josef Kryss, 318, Barra Funda, tel. (11) 3611-3042). De R$ 30 a R$ 80. 627 lugares. 12 anos. Até 11/3.

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Lucio Luna/Divulgação Letícia Birkheuer (à esq.), Priscila Fantin e Luiza Tomé estão na peça “Além do que os Nossos Olhos Registram”
 ?? Daniel Chiacos/Divulgação ??
Daniel Chiacos/Divulgação

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