Pagoddee
O grupo carioca de samba Fundo de Quintal, que completou 40 anos em janeiro, será homenageado pela Mancha Verde neste ano no enredo “A amizade. A Mancha agradece do Fundo do Nosso Quintal”.
Referência do pagode nacional, o grupo surgiu a partir do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, no Rio de Janeiro.
“Vamos contar a história da banda a partir daí, desde sua origem, quando faziam rodas de samba na tamarineira, uma árvore no Cacique de Ramos que, segundo uma lenda popular, dá sorte. O grupo teria sido o primeiro contemplado por ela”, afirma o carnavalesco Pedro Alexandre Lacerda, o Magoo. “É uma homenagem justa a um grupo tão importante para a cultura do país, e do qual somos fãs”, diz.
A Mancha vai mostrar a influência da cantora e compositora Beth Carvalho, a quem o Fundo de Quintal chama de madrinha, por ela ter apresentado o grupo às gravadoras. “Na sequência, a escola vai narrar a explosão do pagode com o grupo, que saiu do morro do Rio e passou a ser conhecido no Brasil inteiro”, afirma.
Sucessos
A apresentação seguirá mostrando a fase mais consolidada dos pagodeiros, resgatando sucessos como “Só Pra Contrariar”, “Castelo de Cera” e “Ô Irene”, por meio de fantasias e alas. Uma das alegorias, “A Amizade”, vai retratar um dos maiores sucessos do grupo, que está convidando amigos e parceiros para desfilar no Sambódromo do Anhembi.
O último carro, que trará os integrantes do grupo, falará das premiações e turnês mundiais que o Fundo de Quintal recebeu. “Será um grande palco e eles farão um show”, diz o carnavalesco. No final, haverá uma interação com o público na arquibancada. “Vai ser inédito no Carnaval”, conta Magoo, sem revelar detalhes. Em uma das alas, a escola fará uma homenagem a Moacir Bianchi, fundador da torcida organizada Mancha Verde, assassinado em 2017.