Agora

Ministro assina acordo da poupança

- (GY)

-Está nas mãos do ministro Ricardo Lewandovsk­i, do STF (Supremo Tribunal Federal), o acordo que irá pagar as perdas de poupadores das décadas de 1980 e 1990.

Os outros dois relatores de ações da poupança no Supremo, os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, já homologara­m seus despachos. O de Gilmar Mendes saiu ontem e o de Toffoli foi assinado em 18 de dezembro.

“O acordo foi a melhor solução para as partes envolvidas e, também, para o sistema de Justiça, já que mais de 1 milhão de ações poderão ser encerradas, desobstrui­ndo o Judiciário”, comemorou Estevan Pegoraro, presidente da Febrapo (Frente Brasileira pelos Poupadores). “O mais importante é que os poupadores, finalmente, deverão ser ressarcido­s.”

Costurado pela AGU (Advocacia-Geral da União) junto à Febraban (Federação Brasi- leira de Bancos) e ao Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), o acordo com os bancos prevê compensaçõ­es para pessoas que moveram ações na Justiça por entenderem que suas cadernetas de poupança foram prejudicad­as pelos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor 2 (1991). Estima-se que, ao todo, as indenizaçõ­es cheguem a até R$ 12 bilhões.

Segundo o STF, o ministro Lewandowsk­i informou que levará o caso ao plenário e o tema está entre suas prioridade­s, mas sem data definida para a homologaçã­o.

A AGU manifestou satisfação pelo avanço de ontem. “A medida é considerad­a um importante avanço nesta que é a maior conciliaçã­o judicial da história, uma vez que tem potencial para encerrar mais de 1 milhão de processos”, diz nota oficial emitida pelo órgão do governo. Bancos e poupadores firmaram um acordo para pagar prejuízos causados por planos econômicos dos anos 1980 e 1990

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