Espera de 4 ee dá quase R$ 1.000 de aumento
Quatro em cada dez se aposentam mais tarde para ter direito à regra que paga benefício sem redutor
Os trabalhadores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) se aposentam quatro anos e meio mais tarde, em média, para garantir uma aposentadoria maior com a regra 85/95. A fórmula dá o benefício sem desconto do fator previdenciário para quem completa, na soma da idade com o tempo de contribuição, 85 pontos (mulheres) e 95 pontos (homens).
Em média, a aposentadoria com a fórmula 85/95 foi concedida aos 57 anos e seis meses. Já com desconto do fator, saiu aos 53 anos.
Segundo dados do INSS, para ter o benefício maior, com 85/95, os trabalhadores se aposentaram com 59 anos e as trabalhadoras, aos 56. O benefício com desconto foi concedido aos 55 anos, para eles, e aos 51, para elas.
A espera para ter o benefício calculado pelo 85/95 pode garantir quase R$ 1.000 a mais na renda mensal. O valor médio da aposentadoria concedida por esse cálculo em 2017 era de R$ 2.890,91, contra R$ 1.965,44 do benefício com fator.
Porém, apesar da vantagem, a maioria ainda se aposenta por tempo de contribuição sem atingir a pontuação da fórmula.
Desde que entrou em vigor, em junho de 2015, até dezembro do ano passado, o INSS concedeu 317.379 benefícios pela fórmula 85/95. O número representa aproximadamente 40% das aposentadorias por tempo de contribuição concedidas no período. Seis em cada dez foram liberadas pelo INSS com o desconto do fator.
Ao fazer a soma da pontuação para verificar se o segurado tem direito à regra mais vantajosa, o INSS não considera apenas os anos completos, ou seja, grupos de 12 meses fechados. Entram na conta meses e dias.