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Tratamento da esclerose múltipla é eficaz quando começa cedo

Doença da atriz Ana Beatriz Nogueira afeta 35 mil pessoas no país. Muitas não sabem que têm o mal

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A esclerose múltipla é uma doença crônica que atinge os impulsos nervosos no cérebro. Quando aparecem os surtos, trazem sintomas bastantes desagradáv­eis, como tonturas, visão embaçada ou até mesmo um desmaio.

Na semana passada, a atriz Ana Beatriz Nogueira, que fazia o papel de Neia, a mãe de Léo Régis (Rafael Vitti) na novela “Rock Story”, da TV Globo, em 2017, disse em entrevista que sofre de esclerose múltipla desde 2009, e admite que não foi fácil aceitar a doença.

“Quando o paciente recebe a notícia, é um choque. Por isso tem que ter um diagnóstic­o muito bem estruturad­o, não dá para ser como suspeita. Tem que ter segurança no diagnóstic­o e que ele seja precoce para dar um tratamento eficaz ao paciente”, afirma o neurologis­ta Roger Taussig Soares.

Segundo estudos, 35 mil pessoas sofrem de esclerose múltipla no Brasil, e 15 mil delas são atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Mas muita gente tem a doença e não sabe disso.

“A pessoa tem um surto, uma alteração na visão, por exemplo. Aquilo recupera e o paciente pode passar anos sem outro sintoma. Mas, no primeiro sintoma, ele deve procurar um médico. Se for diagnostic­ada a esclerose múltipla, quanto mais cedo começar o tratamento, maior a chance de controlar a doença”, afirma o neurologis­ta Jefferson Becker, presidente do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla.

O tipo da doença chamado recorrente remitente é o mais comum. Correspond­e a aproximada­mente 80% da esclerose múltipla. São surtos em longos espaços de tempo, sem cura. “A esclerose múltipla não tem cura, mas hoje os recursos terapêutic­os estão cada vez maiores. É muito diferente de como era há 15 anos”, afirma Taussig.

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