Agora

O pronto atendiment­o que demora

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Não é de hoje que procurar ajuda nos serviços de saúde pública pode ser um baita exercício de paciência.

O cidadão muitas vezes sai de casa sem saber quando será atendido e até mesmo se vai ser atendido naquele dia.

O Vigilante Agora fez o teste na semana passada e constatou que esse problema continua sem solução.

A reportagem visitou seis UPAs (Unidades de Pronto Atendiment­o), quatro em São Paulo e duas em São Bernardo do Campo.

Em alguns casos, os pacientes chegam a esperar até cinco horas para serem atendi- dos por médicos.

O Agora viu pessoas na fila se queixando de fortes dores nas costas e hemorragia.

Não bastasse tanto chá de cadeira, a população ainda enfrenta outro problema: algumas UPAs não oferecem as mínimas condições de organizaçã­o e limpeza.

Na unidade 26 de Agosto (Itaquera), por exemplo, faltam cadeiras na sala de espera. E o banheiro está bem sujo: uma das privadas foi interditad­a.

Na UPA Provisória Hospital São Paulo (Vila Mariana), uma das cabines do banheiro masculino está sem a porta. O mau cheiro é forte no local.

Os órgãos responsáve­is disseram que alguns picos de lotação podem provocar atrasos. Prometeram resolver as falhas nas salas de espera e nos banheiros.

A população tem todo o direito de cobrar, é claro, mas também pode ajudar.

As UPAs são unidades para resolver casos de urgência e emergência, como febre alta, infarto e derrame. Pessoas com queixas menos graves podem ir às UBSs (Unidade Básica de Saúde), por exemplo.

Assim, as filas diminuem e cada cidadão pode receber um atendiment­o melhor.

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