Folião ignora lei e consome bebida alcoólica no metrô
Funcionários não conseguem evitar que usuários consumam álcool ou viajem bêbados nos trens
Com as estações lotadas e os foliões como uma parte expressiva dos passageiros, o Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não conseguiram coibir o consumo de bebidas dentro de estações e trens. O mesmo aconteceu na linha 4-amarela, cuja operação é feita pela iniciativa privada.
Um cartaz foi afixado nas estações com a informação que é proibido beber bebida alcoólica ou viajar embriagado, segundo lei estadual.
Mas a proibição não era aplicada. “Se eu for barrar alguém por estar bebendo ou estar embriagado, tenho que impedir 80% das pessoas de embarcar. Não tem nem como fazer isso, mesmo que se queira”, afirmou o funcionário de uma das estações.
A diminuição do número de catracas liberadas para a entrada foi estratégia para conter o fluxo de passageiros em estações como a República, das linhas 3-vermelha e 4-amarela, e Paraíso, das linhas 1-azul e 2-verde.
No sábado, a polícia chegou a usar gás pimenta para conter uma confusão no embarque e desembarque da estação República. Pessoas idosas e com dificuldades de locomoção sofriam com as escadas rolantes desligadas.
Um aviso sonoro foi usado na tarde de domingo para orientar os passageiros a evitarem a estação Paraíso, devido ao grande fluxo lá, por causa da avenida 23 de Maio, para onde a gestão João Doria (PSDB) deslocou neste ano os grandes blocos. A orientação era para que as pessoas desembarcassem nas estações São Joaquim e Vergueiro para seguirem para a avenida. As filas também ficaram grandes na Vergueiro, que é próxima da Paraíso.
Nos vagões e nas estações, o ritmo era de aquecimento para os blocos. Passageiros carregavam gelo e bebiam catuabas e vodkas coloridas em copos ou no gargalo. Alguns sentaram e até deitaram no piso das estações. Os vendedores dentro do vagão ofereciam água e eventualmente cerveja. Algumas pessoas ligavam aparelhos de som em volume alto, outras preferiam batucar no teto do metrô e cantar.