Mocidade
A Mocidade Independente de Padre Miguel, última a entrar na Sapucaí, já na manhã de ontem, mostrou, ao longo de uma hora e 15 minutos, que o Brasil tem muito da Índia.
A escola, campeã do ano passado ao lado da Portela, ensinou que alimentos tidos como tipicamente brasileiros (como a banana e o coco), na verdade, são indianos. Também deu aula sobre os misticismos daquele país asiático.
A religiosidade foi ilustrada pela comissão de frente, que reuniu 23 bailarinos representando monges e deuses. “Fizemos questão de representar os sadhu, que são figuras típicas na Índia. Eles são conhecidos por deixar o cabelo e a barba crescerem como forma de sacrifício. Alguns ficam com o braço erguido por décadas para demonstrar a sua fé”, disse o coreógrafo Jorge Teixeira. O Holi, conhecido como o Festival de Cores, também ganhou espaço na apresentação. Durante a festa, que acontece entre fevereiro e março, as pessoas jogam tintas coloridas umas nas outras para anunciar a chegada da primavera.
O líder espiritual Mahatma Gandhi e a santa Madre Teresa de Calcutá, ícones da Índia, foram homenageados no último carro alegórico.
Com um desfile sem empolgar, a Mocidade credencia-se a uma vaga nas campeãs, mas não mostrou força para levar o título.