Beija-Flor conquista o caneco no Rio
Rio No Carnaval dos protestos, a Beija-Flor chocou com um desfile de tom político e conquistou o título deste ano do Grupo Especial do Carnaval do Rio. Tuiutí e Salgueiro ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
A escola fez um desfile no que chamou ser “contra tudo o que está aí”. Havia fantasias criticando impostos altos, uma alegoria representando a Petrobras, ratos em referência a políticos e encenações da rotina de violência no Rio, com representações de crianças em caixões e mães chorando por seus filhos policiais mortos.
Neguinho da Beija-Flor, o puxador de samba, comemorou a conquista dizendo que o título se justifica pela “crítica ao que está acontecendo no país, poucos com muito e muitos com pouco”.
Mesmo levando um forte discurso contestador à Sapucaí, a Beija-Flor tem como presidente de honra Aniz Abraão David, o Anísio da Beija-Flor, condenado pela Justiça a 48 anos de prisão por ser um dos chefes da máfia do jogo do bicho no Rio. Ele está em liberdade.
Neste ano, a Beija-Flor conquistou seu 14º campeonato, ocupando o posto de terceira maior vencedora do Carnaval carioca (atrás da Portela e Mangueira).
A agremiação de Nilópolis fez sucesso com o público, que seguiu cantando o samba após o fim do desfile e chegou a receber até aplausos de um grupo de jurados.
A Grande Rio e a Império Serrano foram rebaixadas. Vencedora do acesso, a Viradouro volta à elite.