França fala em disputa com PSDB e convida Russomanno
Pré-candidato ao governo de SP faz um discurso duro e planeja ter líder de pesquisas como vice
O vice-governador Márcio França (PSB), que assumirá o governo paulista em abril se Geraldo Alckmin (PSDB) sair para disputar o Planalto, admitiu ontem que concorrerá com um candidato tucano.
“Aqui em São Paulo nós temos uma candidatura do PT, que ainda não está decidida entre Luiz Marinho e Elói Pietá [...]. Nós temos uma candidatura do PMDB, que é o Paulo Skaf [...]. Teremos um candidato do PSDB. Qualquer nome que saia de lá é sempre um nome forte, porque são nomes preparados também. E teremos o nosso”, afirmou.
A declaração veio três dias após Alckmin dizer que apoiará o candidato do PSDB à sua sucessão, em detrimento de França. O socialista, que apoiará o tucano ao Planalto, tinha a intenção de contar com os tucanos em sua campanha.
O PSDB, porém, caminha para ter candidatura própria, hoje almejada por três interessados. O prefeito da capital, João Doria, também é visto como possível nome.
Ontem, em evento para anunciar a entrada do PSC (Partido Social Cristão) no grupo de legendas que irá apoiá-lo, França fez discurso sobre a “importância de honrar a palavra” e disse reiteradas vezes que “ninguém vota em traidor”.
“A cidade, ou o Estado, nenhum lugar precisa apenas de um gestor. Um gestor é importante, claro, mas se fosse assim era mais fácil fazer um concurso público.”
Depois, aos jornalistas, negou que estivesse se referindo a Doria, eleito com o discurso de que não é um político, mas um gestor.
França já conta também com a adesão de PR, PROS e SD e afirma ter garantidos 18 minutos de tempo de propa- ganda. PV, PPS, PCdoB, PHS, PTC e PSD estão na lista de siglas que ele tenta atrair.
Russomanno
Ao PRB, outro partido em seu radar, ele acenou com um convite a Celso Russomanno para ser seu vice. O deputado federal lidera as pesquisas para a sucessão de Geraldo Alckmin.
Russomanno confirmou o convite e disse que a ideia será levada ao PRB. “Na minha vida as decisões nunca foram individuais, são sempre partidárias”, afirmou.
A hipótese é vista como remota na sigla, que tem como plano lançar o parlamentar à reeleição na Câmara.