Agora

Por auxílio-moradia, juízes federais

Associação planeja ato para o dia 22 de março, uma semana antes de o STF decidir sobre o benefício

- (FSP)

A diretoria da Ajufe (Associação de Juízes Federais do Brasil) decidiu na madrugada de ontem convocar uma paralisaçã­o da categoria para o dia 15 de março por conta de o STF (Supremo Tribunal Federal) votar no dia 22 seguinte a manutenção ou corte de auxílio-moradia para os magistrado­s.

A greve seria referendad­a em votação virtual dos 2.000 associados ontem.

O presidente Roberto Veloso também marcou uma assembleia extraordin­ária para decidir sobre uma greve por tempo indetermin­ado a partir de 3 de abril.

O encontro será em 23 de março, um dia depois do julgamento no STF. Os 28 diretores da Ajufe, além de todos os associados, terão de votar.

A definição sobre o auxí- lio-moradia foi colocada na pauta do STF anteontem pela presidente da corte, ministra Cármen Lúcia,

Desde setembro de 2014, por força de liminares (decisões provisória­s) do ministro Luiz Fux, todos os juízes federais passaram a ter direito ao auxílio-moradia, hoje no valor de R$ 4.378, sem que o assunto fosse a plenário.

Estimativa da ONG Contas Abertas indica que, de setembro de 2014 até dezembro passado, o auxílio-moradia custou à União e aos Estados cerca de R$ 5 bi- lhões, consideran­do que os benefícios destinam-se a cerca de 30 mil pessoas.

Câmara

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que o projeto da Câmara que regulament­a os “supersalár­ios” do Judiciário deve ser votado após o julgamento do dia 22 no STF.

“Defendo que a gente espere o julgamento e faça depois, porque o entendimen­to do Supremo é a base e ninguém pode desrespeit­ar uma decisão do STF”, disse. Em setembro de 2014, o ministro do STF Luiz Fux decidiu, em caráter liminar (provisório), dar auxílio-moradia a todos os juízes federais. Foram três liminares com teor semelhante em três ações diferentes, ainda não julgadas pelo plenário

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