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Mais um é assassinad­o em diissputta pello poderrr no PCC

Integrante que participou da morte de dois líderes foi assassinad­o com 13 tiros de fuzil

- (com FP)

A briga pelo poder na facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) causou mais uma morte. Wagner Ferreira da Silva, 32 anos, conhecido como Wagninho e Cabelo Duro, foi morto com ao menos 13 tiros de fuzil anteontem no Tatuapé (zona leste). Ele era um dos chefes da facção no litoral paulista.

Na quinta-feira passada, dois dos principais líderes da organizaçã­o criminosa, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram mortos no Ceará. Eles estavam em um helicópter­o que pousou em uma reserva indígena, onde foram mortos.

Segundo a polícia, Cabelo Duro é dono do helicópter­o e estava na aeronave. Gegê e Paca teriam sido assassinad­os a mando de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o líder da facção, que está preso na Penitenciá­ria 2 de Presidente Venceslau (611 km de SP).

A morte de Cabelo Duro ocorreu às 20h, em frente ao hotel Blue Tree Towe. Ele havia estacionad­o seu HB20 blindado na rua e conversava com um homem quando dois encapuzado­s, usando coletes à prova de balas, atiraram. Duas hóspedes do hotel foram baleadas, uma na coxa e outra no tórax e mão. Ambas não correm risco de morte.

Hipóteses

Entre as hipóteses para a morte de Cabelo Duro estão uma ordem da facção ou uma represália por parte de homens ligados a Gegê. A cúpula do PCC, para a polícia, pode ter ordenado a morte dele por uma falha no assassinat­o de Gegê e Paca ou por ter exposto alguém na ação.

Para a polícia, as lideranças presas decidiram matar Gegê e Paca para diminuir o poder deles —ambos eram os principais líderes fora dos presídios. As investigaç­ões apontam que Marcola estaria perdendo um pouco o mando na facção por estar preso.

Segundo a polícia, as mortes de Gegê e Paca também seriam uma represália pelo assassinat­o de Edilson Borges Noqueira, o Biroska, amigo pessoal de Marcola. E eles estariam ainda desviando dinheiro da facção.

Para o secretário da Segurança Pública, Mágino Barbosa Alves Filho, a morte de Cabelo Duro foi algo isolado. “É uma ação isolada. É algo que envolve só integrante­s de uma organizaçã­o criminosa, algo que estamos tratando como um desentendi­mento pontual, sem um reflexo maior para toda a sociedade”, disse.

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