Entidades civis criticam operação
Rio Entidades da sociedade civil que acompanham a segurança pública e questões ligadas aos direitos humanos no Rio criticaram a ação.
A OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) classificou as ações dos militares como “graves infrações às garan- tias constitucionais”. “A ação afrontou os direitos constitucionais de ir e vir e da liberdade de expressão, ao cercear moradores e equipes da imprensa”, afirmou a OAB.
A Defensoria Pública do Rio manifestou “veemente discordância” com a prática. “A abordagem pessoal por qualquer agente de segurança só é permitida quando há razões concretas e objetivas para a suspeita de que o indivíduo esteja portando bem ilícito ou praticando algum delito. O fato de se morar em uma comunidade pobre não é razão suficiente para este tipo de suspeita”, afirma.
A Justiça Global enviou à ONU (Organização das Nações Unidades) e a OEA (Organização dos Estados Americanos) pedido para que mande observadores internacionais.
Nas redes sociais, a página Maré Vive, de líderes comunitários da favela da Maré, questiona se o procedimento seria feito em bairros nobres. “Eu queria ver se isso algum dia vai acontecer no Leblon, Ipanema, Flamengo, Laranjeiras, Barra, qualquer lugar que não a favela.”