Manutenção
Taxista roda, em média, dez vezes mais que um motorista não profissional e deve visitar mais a oficina
Um taxista em São Paulo roda, em média, 200 km por dia. É dez vezes mais que um motorista não profissional. Só aí o desgaste das peças é acelerado. O táxi circula em condições severas, de trânsito intenso, e o carro fica mais sujeito a panes.
Para evitar ficar parado na rua e gastos altos no reparo, é fundamental fazer uma revisão periódica de itens como freios, filtros, sensor de oxigênio e cabos de ignição.
Cada carro possui características diferentes que determinam a vida útil de suas peças e as informações constam no manual do proprietário. No caso dos veículos que rodam mais e no trânsito pesado, especialistas recomendam a redução pela metade dos intervalos.
“A revisão preventiva é única forma que estes profissionais possuem para minimizar a possibilidade de problemas com seu principal instrumento de trabalho”, afirma Dorival Neto, chefe de oficina da mecânica Norauto.
Segundo ele, velas, cabos e sensores desgastados podem resultar em perda de desempenho, falhas no motor, dificuldades de partida e, ainda, prejuízo de outros equipamentos como bobinas, distribuidor e catalisador.
“Vale lembrar que estes profissionais também enfrentam, periodicamente, vistorias técnicas e ambientais, necessárias para manter o veículo de acordo com a legislação”, diz Neto.
Os táxis movidos a GNV (gás natural veicular) merecem cuidados especiais.
“Os cabos de ignição, por exemplo, têm função de conduzir a alta tensão produzida pela bobina até as velas, sem permitir fuga de corrente. Recomenda-se que a substituição dos cabos seja realizada a cada 30 mil quilômetros ou a cada dois anos, no máximo”, diz Marcelo Vaz, da Mecânica Sales. Já o sensor de oxigênio mede os gases de escape. “Se estiver com defeito, o carro perde força, bebe e polui mais.”