Professores usam imagens e até fazem mímica na sala de aula
Como não há uma metodologia específica de ensino voltado a alunos estrangeiros no Estado, os professores têm maneiras próprias de passar conteúdo aos estudantes.
“Faço uma aula mais ilustrativa (que privilegia as imagens) do que expositiva. Em alguns casos, fazemos atividades dirigidas. Também precisamos nos adaptar e acho essa diversidade maravilhosa”, afirma o professor de história Adriano Prieto, 40 anos. “É essa mistura que torna o Brasil tão especial.”
A professora polivalente Alessandra Martini, 39 anos, diz que consegue identificar quando um aluno entende ou não o que ela diz. “Peço para pegar o livro, para sentar, e obedecem. É sinal que entendem.” Caso não haja compreensão, faz mímicas. “No fim, conseguimos nos comunicar e o aluno acaba evoluindo. Começamos com o abecê até que, com o tempo, comecem a escrever redações em português.”
Alunos mais antigos ajudam. “As crianças se entendem, se comunicam mesmo sem falar a mesma língua.”
A Secretaria Estadual da Educação diz que, dentro da visão de que “os alunos precisam ser inseridos na realidade brasileira”, publicou documento orientador para acolhimento, desenvolve “cartilha com orientações pedagógicas” na área, incentiva alunos a participar de eventos culturais e pedagógicos e capacita docentes.