40 políticos têm foro ameaçado
Ao menos 40 políticos investigados na Lava Jato correm o risco de ver seus processos, hoje nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal), serem remetidos para a primeira instância da Justiça.
Se não renovarem seus mandatos em outubro ou garantirem vaga no primeiro escalão do próximo governo, deputados, senadores, ministros e o próprio presidente Michel Temer perdem o chamado foro especial, o que garante a eles, normalmente, uma tramitação do processo mais lenta do que nas instâncias inferiores.
Cogitada, a candidatura de Temer à reeleição não está definida —depende de uma melhora na sua popularidade. A Presidência diz, porém, que ele “não tem nenhuma preocupação em manter ou não foro especial”.
Também investigados na Lava Jato, os ministros mais próximos de Temer, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral), não deverão disputar a eleição, segundo eles dizem.
Rebaixamento
Já no Legislativo, alguns parlamentares podem rebaixar de cargo para garantir o mandato. O senador Humberto Costa (PT-PE), por exemplo, cogita disputar vaga de deputado federal.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), segundo colocado nas eleições presidenciais de 2014, pode ter o mesmo destino. Embora sustente que a Câmara não está nos seus planos, aliados do tucano afirmam que a possibilidade está sob análise.
A reeleição ao Senado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), é vista como difícil, e o partido conta com a possibilidade de ela também disputar uma cadeira na Câmara que hoje tem ao menos 24 deputados investigados na Lava Jato, entre eles o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cujo nome foi lançado como pré-candidato à Presidência.
reeleição ou vaga no próximo governo é saída para investigados na lava jato continuarem no supremo