Agora

Poço artesiano é caro, mas ajuda a enfrentar falta d’água

Condomínio consegue economizar até 20% na conta. Preço do serviço e burocracia são pontos negativos

- Emerson vicente

A crise hídrica em São Paulo fez com que vários prédios buscassem alternativ­as para evitar a falta de água. Uma das ações foi a construção de poços artesianos.

Em novembro de 2016, o Agora mostrou a iniciativa do empresário Renato Coroker, 48 anos, síndico de um condomínio na zona norte. Um ano e quatro meses depois, ele admite que deu resultado satisfatór­io. “Houve uma economia de 15% a 20%. Além disso, de modo geral, o morador se sente mais protegido se houver uma crise hídrica.”

Apesar disso, a construção de um poço artesiano não é barato. O valor inicial gira em torno de R$ 50 mil, mas vai aumentando conforme o tamanho da perfuração, a quantidade de rochas achadas no solo, entre outros.

Há ainda um um processo burocrátic­o para a utilização da água. É preciso autorizaçã­o do Daee (Departamen­to de Águas e Energia Elétrica), órgão do governo do estado, e, se for utilizada para consumo humano, também da Vigilância Sanitária.

“Ela exige que se faça uma análise mensal, mais simples, e outra semestral, mais complexa”, afirma o engenheiro Paulo Salmaso, 48 anos, da Alpha New Soluções de Engenharia, de Sorocaba.

O condomínio que quiser construir um poço artesiano precisa realizar uma assembleia. “Via de regra, é uma obra útil. Precisa de quorum de 50% mais um do todo para a aprovação. Mas, por exemplo, se o prédio sofre com a falta de água, seria algo necessário. Aí seria quorum de maioria simples: 50% mais um dos que estiverem na assembleia”, diz o advogado Rodrigo Karpat.

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Rivaldo Gomes/folhapress O empresário Renato Coroker, 48 anos, ao lado do poço artesiano do prédio do qual é síndico

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