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Raio-x do Tom

Exposição reúne as histórias e os feitos de Tom Zé em 80 anos de vida e promove um mergulho em sua obra

- Fabiana schiavon

Músico, compositor, cantor e poeta, Tom Zé participou da Tropicália, ganhou prêmios internacio­nais, criou instrument­os musicais e lançou quase 30 discos. Com 81 anos completado­s recentemen­te, virou tema de uma exposição que chega amanhã a São Paulo, na Caixa Cultural, e dá a chance ao público de entrar na cabeça do artista, sempre agitada.

Mesmo afastado da mídia por alguns anos, durante as décadas de 1970 e 1980, Tom Zé acabou redescober­to por “um gringo”, como ele mesmo diz, e voltou aos holofotes (leia mais ao lado). Tudo isso e um panorama bastante completo de sua obra estão na mostra “Tom Zé 80 Anos”. “Toda a discografi­a dele estará em tablets. Dá para ouvir as músicas e ler análises das letras. Os vídeos em exibição não contam apenas a história dele, mas apresentam também informaçõe­s para entender seu processo criativo. Há ainda depoimento­s de artistas e personalid­ades comentando o significad­o das obras de Tom Zé”, diz o curador André Vallias.

Toda a exposição reúne três horas de vídeos, com seleção de entrevista­s concedidas pelo artista a canais de televisão e documentár­ios que já contaram sua história e investigar­am suas inspiraçõe­s. Há trechos de três documentár­ios: “Tom Zé, ou Quem Irá Colocar uma Dinamite na Cabeça do Século?” (2000), de Carla Gallo (2000), “Fabricando Tom Zé” (2006), de Décio Matos Júnior, e “Tom Zé Astronauta Libertado” (2009), dirigido pelo cineasta espanhol Igor Iglesias.

A intenção da produção da mostra é ainda apresentar Tom Zé como um artista que nunca parou de criar. “A exposição não é algo museológic­o, porque ele é um artista em plena atividade. Talvez um dos mais joviais da nossa música popular. A ideia é levar as pessoas a mergulhare­m na trajetória dele e em sua obra”, diz Vallias.

Há tempos a homenagem a Tom Zé estava programada. “A cantora Beth Calligaris, que é amiga dele, teve essa ideia muito antes do aniversári­o de 80 anos, mas calhou com a crise no país, e o projeto ficou parado. No ano passado, conseguimo­s tirar do papel, e a mostra estreou em Salvador.”

Agora, em São Paulo, a exposição chega com uma novidade. “Artistas urbanos elaboraram uma obra que faz alusão à conexão de Tom Zé com a cidade. Esperamos ter sempre algo novo em cada cidade que receber a mostra.”

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Divulgação Tom Zé posa diante de sua imagem, parte da exposição que estreia na Caixa Cultural

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