Para Doria, críticas sobre sua saída são prova de cariinho
Prefeito diz que eleitor reclama de sua intenção de concorrer ao governo do estado porque gosta dele
O prefeito João Doria (PSDB) afirmou ontem que vê como “prova de carinho” as críticas de seus eleitores decepcionados com sua possível saída da prefeitura. A declaração foi dada um dia após o tucano anunciar a pré-candidatura ao governo do estado. “Isso é uma prova de carinho. Quando você não gosta, você quer ver longe, você quer a pessoa afastada, e não presente, atuante.”
Nas redes sociais oficiais do prefeito, como o Facebook, centenas de eleitores fizeram críticas ao anúncio. O tucano passará pelas prévias do PSDB no próximo domingo. Se for escolhido, terá que renunciar ao cargo de prefeito até 7 de abril. Nessa data, ele terá cumprido apenas um ano e quatro meses do mandato para o qual foi eleito.
O prefeito não respondeu à pergunta da reportagem sobre a carta que assinou em 2016, ainda na campanha eleitoral, se comprometendo a cumprir integralmente os quatro anos de mandato (veja quadro ao lado).
“Eu não estou saindo de São Paulo. Eu continuarei aqui, se eleito for. O Bruno Covas foi eleito com os mesmos votos que eu fui eleito; portanto, ele é tão prefeito quanto eu, tão eleito quanto eu”, afirmou Doria, em visita a uma UPA (Unidade de Pronto-atendimento) em Santo Amaro (zona sul).
O tucano afirmou ainda que “pacto continua sendo com a população de São Paulo, em São Paulo”. “O governo tem uma relação direta com todos os programas da prefeitura, inclusive saúde, habitação e educação, bem como transporte, cultura, esportes, promoção e assistência social, estar em São Paulo ajuda São Paulo. Tudo isso vai continuar”, afirmou.
Equipe
Doria afirmou ainda que a sua gestão é formada por uma equipe, não apenas por uma pessoa. “Trabalhamos em equipe, o Bruno Covas é um bom gestor, fazemos todas as ações conjuntamente, o Bruno participa de tudo, aqui não há gestão individualizada, nem heróis solitários”, disse o tucano.