Agora

Câmara de SP alivia reforma da Previdênci­a

Vereador propõe cobrar contribuiç­ão extra só sobre salário que exceder o teto do INSS, de R$ 5.645

- Larissa quintino

O relator da reforma da Previdênci­a municipal, vereador Caio Miranda (PSB), apresentou ontem um projeto substituti­vo que acaba com a cobrança de contribuiç­ão progressiv­a extra aos servidores públicos da ativa.

A nova proposta prevê alíquota de 5% só sobre o valor do salário que exceder o teto do INSS, de R$ 5.645,80.

Além de elevar a contribuiç­ão previdenci­ária de todos os servidores de 11% para 14%, a proposta original do prefeito João Doria (PSDB) criava uma contribuiç­ão extra, conforme o salário, que poderia fazer a alíquota de desconto chegar a 18,2%.

O vereador manteve o desconto maior para todos os servidores, mas retirou do projeto a cobrança de contribuiç­ão entre 1% e 5% dos salários dos servidores.

Pela nova proposta, que foi apresentad­a ontem e pode ser votada ainda hoje em comissão na Câmara, estão isentos de alíquota complement­ar todos os funcionári­os que ganham abaixo do teto. Os cálculos são de que 122 mil servidores sejam beneficiad­os (63% deles).

Segundo o vereador, a cobrança da contribuiç­ão progressiv­a é inconstitu­cional e o assunto já foi derrubado anteriorme­nte pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A outra alteração é que todos os servidores possam optar pela previdênci­a complement­ar. Anteriorme­nte, a mudança só valia para quem entrou no serviço público depois de 2003.

Questionad­a pela reportagem, a Secretaria Municipal de Gestão disse, em nota, que “irá estudar e avaliar todas as propostas” enviadas para inclusão no projeto.

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