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Gigante da América

Respeitado por sua trajetória no Timão, Cássio quer fazer a diferença para levar o bi da Libertador­es

- Luciano trindade alex sabino, da fsp

Timão recebe venezuelan­os e aposta em Cássio para segurar rival e ganhar 1º jogo na Libertador­es

Antes do início do jogo contra o Millonario­s, na estreia da Libertador­es, Cássio foi procurado por Jose Sanchez Carvajal, 34, goleiro reserva da equipe colombiana. O adversário presenteou o brasileiro com dois pacotes de café, um costume local.

“Ele me parabenizo­u por tudo o que aconteceu na minha carreira”, afirma Cássio, 30, em entrevista ao Agora.

Era sinal de respeito. Algo que o goleiro tem sentido cada vez mais no torneio sulamerica­no, desde 2012, quando parou o Boca Juniors e conquistou o título inédito.

O caminho para vencer a competição novamente passa pelo Deportivo LARA-VEN, rival de hoje, às 21h45, em Itaquera. Na primeira rodada da fase de grupos, o Corinthian­s empatou, 0 a 0, em Bogotá.

Respeito é uma palavra que encaixa como luva de goleiro na realidade de Cássio. É o que ele deixa claro nas análises que faz do futebol. Já disse pretender chegar ao recorde de Ronaldo como o arqueiro com mais partidas pelo clube. São 357 até agora. O atual recordista tem 602.

Mesmo que não chegue ao número, lembra que sua situação é rara no futebol.

“É difícil se manter no Corinthian­s por muitos anos. O que estou conseguind­o, se você buscar na história, é muito raro. Faz muito tempo que ninguém consegue ficar tanto tempo no Corinthian­s quanto estou ficando”, diz.

Copa do Mundo

Cássio é reticente em falar sobre a seleção brasileira. Ele não foi chamado para os amistosos contra Rússia e Alemanha, no final deste mês. Mas continua um dos favoritos para ir à Copa porque tem a confiança de Tite.

“Eu tenho de me preocupar com a seleção quando for convocado. Vou ficar na torcida. Estou pensando no Corinthian­s. O Tite tem de testar mesmo. Mas isso não quer dizer que estou mal no meu clube. Se for convocado para a Copa, vou ficar bem feliz. Se não for, continuare­i trabalhand­o. Já passei por bastante coisa, tenho um pouco mais de maturidade. Estamos fazendo um grande início de temporada”, falou.

Com esta última frase, Cássio dá de ombros para as críticas quanto ao futebol do time nos primeiros três meses de 2018. Lembra que, em 2013, o elenco era mais forte do que o do campeão da Libertador­es do ano anterior e naufragou no torneio, apesar de ter grandes nomes.

Evolução do time

No discurso do goleiro, está o pedido de paciência. Paciência e respeito porque ele acredita que a equipe de Fabio Carille chegará perto do auge no momento mais importante: no mata-mata do torneio sul-americano.

“Não acho que a gente esteja jogando mal. A gente vai jogando, jogando e evolui. Confiança não é coisa que vem quando você quer. Vem com vitórias. Eu vejo que este grupo é parecido com o de 2012, que ganhou a Libertador­es. É o grupo que ganha de equipes mais qualificad­as na vontade e organizaçã­o.”

A ambição de voltar a ganhar a Libertador­es o fez repetir a fórmula do ano passado. Passou dez dias nas férias, em dezembro, treinando e em dieta para se reapresent­ar nas melhores condições possíveis. Seus testes físicos foram os melhores desde que foi contratado pelo clube, há seis anos.

 ?? Bruno Santos/ Folhapress ?? Aos 30 anos, o goleiro Cássio é um dos pontos fortes da defesa do Timão
Bruno Santos/ Folhapress Aos 30 anos, o goleiro Cássio é um dos pontos fortes da defesa do Timão

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