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Excluídoso­tavio

- Valle

No livro “Friedenrei­ch, a saga de um craque nos primeiros tempos do futebol brasileiro”, do amigo Luiz Carlos Duarte, uma história chama atenção em tempos de convocação às portas da Copa do Mundo. No distante ano de 1930, Arthur Friedenrei­ch, o primeiro craque brasileiro, foi excluído do Mundial por uma desavença entre paulistas e cariocas, inaugurand­o a extensa lista de feras alijadas da competição.

Em 1934, um problema de seguro deixou Domingos da Guia fora da disputa. No mundial de 1950, Leônidas não foi chamado por ser considerad­o velho aos 36 anos. Mestre Zizinho não teve chance na Suíça-54, e não contamos com o futebol de Canhoteiro no título de 1958. Djalma Dias e Carlos Alberto Torres não participar­am da desorganiz­ada seleção de 1966. Dirceu Lopes foi a ausência contestada na equipe que levou o Tri. Já em 1978, Coutinho conseguiu a proeza de chamar Chicão em vez de Falcão. Na Espanha-82, ninguém entendeu o porquê de Telê preterir o goleiro Leão. O mesmo se deu 1990, quando Neto foi esquecido por Lazaroni.

Em 1994, o título encobriu equívocos de Parreira, que não levou Edmundo e Evair. Em 98, Zagallo não convocou Romário e Djalminha. Estes dois também foram preteridos em 2002, ao lado de Zé Roberto e Alex, que poderia ainda ter ido aos Mundiais de 2006 e 2010. Este último não viu a bola de Ganso, Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Adriano.

Eu me preocupo com as convocaçõe­s de Fagner e Taison. Fagner parece não assistir a seus jogos. Sua fama de violento precede à entrada que deixou Ederson dez meses fora dos gramados. Não o imagino marcando Sané ou Mbappé sem meter o sarrafo. E não levar Luan, do Grêmio, melhor jogador por aqui nos últimos anos, será um crime.

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