Morre Bebeto, 68, herói do vôlei brasileiro
Ele foi o comandante da geração que levou a prata nos Jogos de Los Angeles 1984 e revolucionou o vôlei
O ex-jogador de vôlei, extécnico da seleção brasileira e dirigente Bebeto de Freitas morreu ontem, aos 68 anos, em Belo Horizonte. Ele sofreu uma parada cardíaca pouco depois de participar do evento de lançamento do time de futebol americano do Atlético-mg, no centro de treinamento Cidade do Galo.
Bebeto trabalhava no clube mineiro como diretor de administração e controle.
O dirigente passou mal no restaurante do hotel do centro de treinamento. Um helicóptero do Samu foi ao local, mas os médicos não conseguiram reanimar Bebeto, que não chegou a ser levado para um hospital.
O Atlético-mg decretou luto oficial de três dias.
Ex-jogador de vôlei, Bebeto de Freitas disputou pela seleção brasileira os Jogos Olímpicos de Munique 1972 e Montreal 1976. Após a Olimpíada de Moscou, em 1980, Bebeto, aos 30 anos, assumiu o comando da equipe brasileira. Ele foi o responsável por liderar uma revolução no vôlei brasileiro.
Foi com ele que o país despontou no esporte. Sob o seu comando, a seleção masculina passou a se tornar protagonista, com o vice-campeonato mundial em 1982.
Dois anos depois, o time conquistou a medalha de prata nos Jogos de Los Angeles 1984, com um grupo em que brilharam William, Montanaro, Renan e Bernard, entre outros. Ele também esteve à frente da seleção nos Jogos de Seul 1988.
E não foi somente no vôlei que Bebeto atuou. Ele também trabalhou como dirigente no futebol. Foi manager no Atlético-mg em 1999, durante e a gestão do presidente Nelio Brandt. Entre 2003 e 2008, foi também presidente do Botafogo, seu time de coração.