Servidores voltam a protestar contra a reforma da previdência
Um dia após confronto que terminou com professores feridos na Câmara de São Paulo, milhares de servidores públicos voltaram a se aglomerar na frente da Casa, ontem à tarde, para protestar contra o projeto de reforma da previdência proposta pela gestão João Doria (PSDB). Desta vez não houve confrontos nem feridos.
O número de manifestantes ontem foi de 35 mil, segundo a PM —maior que o de anteontem, quando foram 25 mil, segundo cálculo da prefeitura. Sindicatos dos professores estimaram até 80 mil pessoas ontem.
Manifestantes ocuparam a região enquanto ocorria audiência pública para discussão do projeto. Nela, representantes de categorias como Educação e Saúde queixaram-se de falta de diálogo e de transparência. O projeto deve entrar em primeira votação na semana que vem.
O Sindsep (sindicato dos trabalhadores na administração pública e autarquias) estima que, em média, 70% dos profissionais participaram da paralisação —na área da educação, 90%.
O Sinpeem (sindicado dos profissionais em educação no ensino municipal) diz que a paralisação continua, e terça-feira haverá novo ato.
Serviços de saúde foram afetados pela paralisação de profissionais da área. A UBS Joaquim Antonio Eirado, em Santana (zona norte) prestou atendimento apenas emergencial ontem.