Fora do baile
Scarpa perde liminar que assegura o seu vínculo com o Verdão e deve ficar fora do confronto de amanhã
O Fluminense derrubou ontem na Justiça a liminar que permitia que Gustavo Scarpa, 24 anos, assinasse com o Palmeiras. Com isso, o contrato de cinco anos com a equipe paulista perde temporariamente o efeito.
O caso de Scarpa foi julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio e era um recurso feito pelos cariocas.
O placar, desfavorável para o jogador, foi bastante apertado: 5 a 4, em um total de nove desembargadores. O estafe de Scarpa recorrerá da decisão no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.
O próximo passo será a notificação da decisão judicial para o Palmeiras e para a CBF. Assim que receber o documento, a entidade vai retirar o registro dele como atleta do Verdão, o que o impossibilitaria de ir a campo amanhã, pelo Paulistão, contra o Novorizontino.
Ontem, o meia treinou normalmente na Academia.
É provável que, enquanto aguarda a decisão final, o jogador receba nova liminar, o que o liberaria a atuar novamente pelo alviverde.
Scarpa pede a rescisão unilateral de seu vínculo com o Flu por causa de pagamento de valores atrasados.
Ciente da disputa judicial, o Palmeiras tentou se precaver na assinatura do vínculo com uma cláusula que responsabiliza o estafe do jogador pelo pagamento de uma eventual indenização ao Flu.
A cláusula, porém, pode ser questionada, já que a Lei Pelé estipula que a “entidade esportiva é solidariamente responsável pelo pagamento”. Caso perca, Scarpa se verá obrigado a arcar com a multa de R$ 200 milhões, mas poderá cobrar o Verdão, apontando o dispositivo do vínculo como abusivo. “Esse risco [para o clube] existe”, disse Nasser Alan, professor de Direito do Trabalho, em janeiro, para o Agora.