Agora

Promessa descumprid­a

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Embora os resultados nem sempre sejam os esperados, é possível dizer que o prefeito João Doria (PSDB) vem governando São Paulo de acordo com suas promessas de campanha.

O programa de privatizaç­ão ainda está bem no começo, mas foi lançado. Foram elevados os limites de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros. O Corujão da Saúde zerou a fila para os exames mais simples.

Nem todo mundo concorda com essas medidas, claro. Mas eram compromiss­os firmados com os eleitores. Isso é importante.

Só que Doria está para descumprir uma promessa fundamenta­l: a de que ficaria na prefeitura até o fim de seu mandato, em 2020.

Foram várias declaraçõe­s nesse sentido em 2016, quando o tucano venceu a disputa municipal no primeiro turno. Ele disse também que não seria candidato à reeleição.

Agora, depois de pouco mais de um ano no comando da cidade, Doria assumiu que pretende concorrer ao governo do Estado. Só falta, para isso, vencer as prévias do PSDB neste domingo (18).

Como é o favorito, deve sair do cargo em abril.

Está repetindo o roteiro de outro tucano, José Serra, que deixou a prefeitura para se eleger governador em 2006. E isso depois de ter assinado um papel dizendo que cumpriria seu mandato inteiro.

No final das contas, quem vota decide se perdoa esse tipo de comportame­nto ou não. A maioria pode até decidir que é melhor escolher o autor da lorota. Foi o que aconteceu no caso de Serra.

Mas não deixa de ser um tremendo mau exemplo de alguém que pretende cuidar dos interesses da população.

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