Interventor não fala sobre morte de Marielle Franco
General Braga Netto participou de primeira agenda pública após a morte da vereadora no Rio
Rio Em sua primeira aparição pública após o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes o interventor na segurança pública do Rio, general Walter Souza Braga Netto, evitou a imprensa e não deu declarações sobre o assunto. Marielle e Anderson foram mortos na noite de quarta-feira.
Ele participou ontem pela manhã de ação social promovida pelas Forças Armadas em parceria com o governo estadual e a Prefeitura do Rio na Vila Kennedy, foco principal da atuação do Exército após o início da intervenção.
Braga Netto se reuniu por cerca de uma hora com o secretário estadual da Casa Civil, Christino Áureo, com o comandante da Polícia Militar, coronel Luiz Claudio Laviano, e com representantes da prefeitura. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), esteve na Vila Kennedy, mas não participou da reunião.
Na saída da reunião, Braga Netto foi abordado pela imprensa, mas disse que não falaria. Andou por dois quarteirões até seu carro acompanhado por seguranças que tentavam impedir fotografias e aproximação de repórteres.
Ontem, o porta-voz do Comando Militar do Leste, Carlos Cinelli, limitou-se a dizer que o crime premeditado contra Marielle e Anderson está sendo analisado pelo comando da segurança.
Os Correios negaram, por meio de nota divulgada ontem, haver registro de desvio de carga pertencente à Polícia Federal “no passado recente”. Anteontem, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a munição foi roubada da sede da Polícia Federal do Rio e da sede dos Correios na Paraíba. A munição usada no assassinato de Marielle foi comprada pela PF e pertence ao mesmo lote encontrado na chacina que deixou 17 mortos em 2015, em Osasco e Barueri (Grande SP).