Apreendido carro suspeito de participar de caso Marielle
Carro foi encontrado pela Polícia Civil em Minas Gerais. Perícia vai confirmar se é o veículo do crime
Ubá A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu na madrugada de ontem um carro que pode ter sido usado por criminosos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no Rio de Janeiro, na noite de última quarta-feira. O veículo foi aprendido no município de Ubá, na Zona da Mata mineira.
Segundo a Polícia Civil mineira, tudo leva a crer que seja um dos carros utilizados no crime, mas a confirmação depende da realização de uma perícia a ser feita por policiais civis do Rio que estão a caminho de Ubá.
Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados dentro do carro em que estavam no bairro do Estácio, no centro do Rio. Dois veículos teriam perseguido o carro em que a vereadora estava. Os criminosos dispararam pelo menos nove tiros.
Protestos contra o crime reuniu centenas de pessoas ontem no Rio e em São Paulo.
Na capital, os manifestantes ocuparam um quarteirão da avenida Paulista de uma das pistas no sentido Consolação, na região central. Mulheres negras lideravam o protesto de mãos dadas e carregavam flores.
No Rio, a manifestação foi no complexo de favelas da Maré, zona norte da cidade. Marielle nasceu e foi criada no complexo, que compreende 16 favelas. O ato foi promovido por organizações sociais do local, mas atraiu moradores de outras regiões da cidade, políticos e artistas.
Marielle conseguiu parte expressiva de seus mais de 46 mil votos na eleição de 2016 em bairros nobres do Rio de Janeiro. A zona eleitoral em que ela teve a maior quantidade de votos foi a que reúne Cosme Velho e Laranjeiras, na zona sul da cidade. As dez zonas em que ela se saiu melhor incluem ainda Botafogo/flamengo e Gávea/leblon, redutos de classe média-alta.
Na zona eleitoral que inclui o Complexo da Maré e os bairros de Bonsucesso e Ramos, teve 1.688 votos. Em Cosme Velho/laranjeiras, 2.237.